Histórias de marcas vão parar no Conar
As histórias contadas pelas empresas Diletto e
Do Bem em peças publicitárias e embalagens estão sendo alvo de processo perante
o Conar.
As empresas foram denunciadas por propaganda
enganosa e o Conar julgará se houve falta de ética das empresas ao exagerar nas
histórias.
A denúncia foi feita por uma consumidora que
alega que as informações divulgadas pelas empresas sobre o seu histórico são
inverídicas e exageradas.
As empresas já foram notificadas para se
defenderem e a previsão de julgamento é para este mês. O julgamento dirá se as
empresas infringiram o Código de Autorregulamentação.
A denúncia alega que a história da marca
Diletto usa personagem fictício (Nonno Vittorio).
A empresa, entretanto, afirma
que a sua história, apesar de ficcional, é baseada em valores reais e que
entrará com pedido de arquivamento do processo no Conar, com base em casos
julgados no próprio órgão, sustentando que não houve qualquer violação.
Já a marca Do Bem informa em embalagens e
peças que as laranjas usadas na produção do suco vêm da fazenda do senhor
Francisco que trata-se de um esconderijo secreto.
A empresa alega que todas as suas histórias
são verdadeiras e que o senhor Francisco de fato existe, como todos os outros
personagens citados.
A resposta da marca diz: "Com o
crescimento da empresa, que começou pequena e hoje tem cerca de 15 mil pontos
de venda, hoje contamos com mais de um fornecedor de fruta para suprir a
necessidade do mercado. Mas as pessoas que são especiais em nossa história são
destacadas em nossa comunicação".
A data para julgamento das denúncias pelo
Conar ainda não foi marcada.
Destaque-se, entretanto, que o órgão não
possui poderes para obrigar as empresas a retirem de circulação as histórias
contadas.
O Conar faz recomendações cujo cumprimento
depende de decisão das empresas. Entretanto, certo é que o órgão é bastante
respeitado, bem como, que as empresas que não acatem as recomendações podem não
ser bem vistas pelos consumidores.
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